A pandemia do Covid-19 também causou algumas mudanças nos exames nacionais e no acesso ao ensino superior. O Governo implementou novas regras para as provas deste ano letivo que vieram trazer alguma discussão entre a comunidade estudantil.
As provas que os alunos vão fazer em julho não vão servir para aumentar as notas internas do ensino secundário. Isto quer dizer que as notas dos exames só servem para o ingresso ao ensino superior.
Para os alunos dos cursos cientifico-humanísticos, os exames nacionais pesam, habitualmente, duas vezes na média de acesso ao ensino superior. A primeira vez para a classificação final das disciplinas com a prova, com um peso de 30%. A restante nota resulta da média de frequência dessa disciplina durante a duração da mesma. A mesma prova conta uma segunda vez como prova de ingresso com um peso de 35% a 50% de média de acesso.
Este ano, com a mudança nas regras, apenas a segunda componente passa a ser válida. Com esta medida, todos os alunos que esperavam fazer melhoria de nota para subir a média interna do secundário ficam de fora dos exames nacionais. Quem já tiver concluído o ensino secundário e quiser, este ano, candidatar-se ao ensino superior ficará com a mesma média de secundário.
Face às mudanças nos exames, o Governo vai também alargar de novo o prazo de inscrições. A data já tinha sido mudada (de 24 de Março para 3 de Abril), no mês passado, na sequência do encerramento das escolas, o que obrigou a que o processo passasse a ser feito em exclusivo online.
Os alunos terão agora um novo período, que ainda não é conhecido, que lhes permite corrigir as escolhas já feitas. Na prática, os estudantes podem “desincrever-se” dos exames de que não necessitem, mantendo apenas aqueles que querem usar como específica.